quinta-feira, 21 de julho de 2011

O Caso Justino - A Inquisição pós-moderna no Rio de Janeiro

    O  Caso Rozângela Justino refere-se ao processo de censura pública aplicado pelo Conselho Federal de Psicologia do Brasil (CFP) à psicóloga brasileira Rozângela Alves Justino por oferecer tratamento a pacientes que quisessem deixar a homossexualidade.O CFP confirmou a censura pública anterior imposta pelo Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro, afirmando que a conduta da psicóloga contraria a determinação da Organização Mundial da Saúde de 17 de maio de 1990 e a Resolução CFP n. 001/99, de 22 de março de 1999, do CFP, que diz que “a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão” e que, pois, “os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades”.
    Apesar disso Rozângela, que afirma ter “atendido e curado centenas” de pacientes gays em 21 anos, diz ver a homossexualidade como “doença” e que algumas pessoas têm atração pelo mesmo sexo “porque foram abusadas na infância e na adolescência e sentiram prazer nisso”.
    A cassação de Rozângela, que atende no centro do Rio, foi pedida por associações gays e endossado por 71 psicólogos de diferentes conselhos regionais.
    Segundo Rozângela, que já foi condenada a censura pública no conselho regional do Rio no final de 2007, “o movimento pró-homossexualismo tem feito alianças com conselhos de psicologia e quer implantar a ditadura gay no pais” É por isso que o conselho de psicologia, numa aliança, porque tem muito gay dentro do conselho de psicologia, criou uma resolução para perseguir profissionais”
     “É a Inquisição para héteros”, diz o terapeuta
     Veja abaixo trechos de uma entrevista feita com a psicóloga em 2009:
FOLHA - Como a sra. vê o homossexualismo?
ROZÂNGELA ALVES JUSTINO - É uma doença. E uma doença que estão querendo implantar em toda sociedade. Há um grupo com finalidades políticas e econômicas que quer estabelecer a liberação sexual, inclusive o abuso sexual contra criança. Esse é o movimento que me persegue e que tem feito alianças com conselhos de psicologia para implantar a ditadura gay.

FOLHA - O que é ditadura gay?
ROZÂNGELA - Há vários projetos no Congresso para cercear o direito de expressão, de pensamento e científico. Eles foram queimados na Santa Inquisição e agora querem criar a Santa Inquisição para heterossexuais.

FOLHA - A que a sra. atribui o comportamento gay?
ROZÂNGELA - À expectativa dos pais, que querem que o filho nasça menino ou menina. Projetam na criança todos os anseios. E daí começam a conduzir a sua criação como se você fosse uma menina. Outra causa mais grave é o abuso sexual na infância e na adolescência. Normalmente o autor do abuso o comete com carinho. Então a criança pode experimentar prazer e acabar se fixando.

FOLHA -Mas nem todos os homossexuais foram abusados na infância.
ROSZÂNGELA - A maioria foi.

FOLHA - Como é o seu tratamento?
ROZÂNGELA - É um tratamento normal, psicoterápico. Todas as linhas psicológicas consagradas e vários teóricos declaram que a homossexualidade é um transtorno. A psicanálise a considera como uma perversão a ser tratada. À medida que a pessoa vai se submetendo às técnicas psicoterápicas, vai compreendendo porque ficou presa àquele tipo de comportamento e vai conseguindo sair. Não há nada de tão misterioso e original na minha prática. Sou uma profissional comum.
    Em novembro de 2009, Rozângela comunicou publicamente que, devido às pressões sofridas, inclusive ameaças de morte, e em acato à decisão do CFP, não mais ofereceria terapia para pessoas que desejam deixar o comportamento homossexual

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