sábado, 17 de março de 2018

Intervenção.

Já não é de agora que o Brasil e em especial o Rio de Janeiro, necessita de uma intervenção. Nisso não há o que se discutir.
Mas que tipo de intervenção é necessária?
Os religiosos acreditam que só a intervenção divina, diante da degradação humana, do grau de imoralidade, promiscuidade, falta de ética e amor ao próximo, possa resolver essa situação. Amém!
Alguns afirmam que uma intervenção nas áreas sociais, política, educacional de base, possa amenizar as mazelas dessa enorme desigualdade social de séculos de abandono e exploração do povo, e assim, possa realmente resolver, a médio e longo prazo, esse caos. Verdade!
Ainda outros falam sobre a necessidade, a curto prazo, da intervenção armada, através do emprego das forças militares e no extermínio dos agentes da violência e desordem. Não só dos que estão na ponta da lança mas, principalmente, os que projetam e os que conservam a lança. Pode ser!
Bem, mas não tenho aqui a pretensão de expor soluções para esse gravíssimo problema. Contudo, o mínimo que posso fazer é perguntar, já que “perguntar não ofende”, né?
Então aí vai:
Essa resolução do presidente Temer, como pretensa solução para a violência no Rio, do que se trata?
Lembrando que, como eles mesmo evidenciam,  “essa é uma intervenção federal e não militar!”
Tá legal, não pretendo ser aqui mais um “teórico da conspiração”, mas vamos refletir juntos: desde quando não ouvimos os políticos, os especialistas em segurança pública, os religiosos, ONGS, os intelectuais, governadores, artistas, enfim, todos os representantes da sociedade civil e militar, darem suas “infalíveis certezas”  sobre a resolução do problema da violência em nosso Estado?
Um ano? dez anos, cinquenta anos?
Por que até agora todas essas falas e projetos nada resolveram? Pelo contrário, o que percebemos é que cada vez mais, essa situação só vem se agravando.
Agora, diz o presidente da república:
“O governo dará respostas duras, firmes e adotará todas as providências necessárias para derrotar o crime organizado e as quadrilhas. Não aceitaremos mais passivamente a morte de inocentes. É intolerável que estejamos enterrando pais e mães de família, trabalhadores honestos, policiais, jovens e crianças.”
Será???
Será mesmo apenas coincidência que só agora é tomada essa resolução drástica pelo Palácio do Planalto, no ano de eleição, inclusive para presidência da república, onde um candidato de oposição, militar, vem se destacando nas pesquisas de intenção de votos?
Será que essa intervenção “meia boca”, onde se escolhe um representante do alto escalão das Forças Armadas - considerado por muitos o último baluarte de moralização e ordem do país - para assumir uma situação caótica, dando-lhe apenas parcos poderes de ação  e sujeitando seus futuros atos de intervenção à aprovação dessa corja de corruptos instalados nos poderes executivo, legislativo e judiciário, realmente almeja simplesmente a resolução da violência?
É sério???
Ou será que, mais uma vez, por traz disso tudo, existe um plano friamente arquitetado politicamente com a intenção prévia de não querer a resolução do problema, mas exatamente o contrário, ou seja, o provável fracasso pelos “militares”??
É... Infelizmente, só saberemos nos próximos capítulos desse drama chamado Rio de Janeiro - Brasil.
Bem, ademais, torçamos que não haja ingenuidade por parte dos homens que compõem o Comando das Forças Armadas.
Que Deus nos ajude!
Brasil acima de tudo, Deus acima de todos!!!
Por: Valdemilson Liberato.

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