sábado, 9 de outubro de 2010

LOBOS EM PELE DE OVELHAS

Valdemilson Liberato
    O resultado das eleições para Presidência da Republica no dia 03 de outubro de 2010, foi uma demonstração clara do poder que há na união do povo de Deus. Sabemos que a Igreja do Senhor não precisa de políticos para seu crescimento, pelo contrário, observando a sua história constatamos que a Igreja, em grande parte de sua existência, foi perseguida por aqueles que detinham o poder político e, apesar desses, a igreja sempre cresceu. Todavia, não devemos esquecer que nossa missão como cidadãos do Reino sempre foi defender os Seus Valores: vivendo-os, divulgando, ajudando a implantar este Reino no mundo através dos séculos.
    Hoje a Igreja vive numa época chamada por alguns estudiosos de pós-moderna. Esta é uma época que se caracteriza, principalmente, pelo esvaziamento ético e moral do homem, onde tudo que se chamavam valores foi colocado em “xeque”. Assim sendo, vemos instaurar-se gradativamente, um caótico estado de deformação social que pretende se institucionalizar nesses tempos.
    A sociedade contemporânea parece viver um misto de inconformismo e passividade, diante da violência que invade todas as áreas de sua atual constituição; percebido pelo modo de viver irresponsável do homem no trato com o outro, com o mundo, com Deus e conseqüentemente consigo mesmo.
    Sabemos que a Igreja, “luz e sal do mundo”, como baluarte da Verdade, não deve se conformar aos ditames dessa época, eximindo-se de sua responsabilidade de ser “luz” diante de uma geração perdida no sistema de “trevas da corrupção”.

    “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa”. (Mt.5,14-15)

    E temos consciência, como Igreja, de que ser “sal” também implica em não estar alheios, ou ser coniventes pela omissão, às propostas daqueles que, agora, pretendem assumir o poder de governar o nosso país, aprovando e/ou criando leis antagônicas aos valores do Reino, promovendo na nossa geração e dos nossos filhos, o governo da iniqüidade.

"Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, como se há de salgar? “Para nada mais presta, senão para lançar fora e ser pisado pelos homens”. (Mt 5;15)

    Agora, como o inicio das propagandas políticas para o segundo turno, vemos nas propostas “piedosas” dos candidatos, a tentativa de confundir a opinião do povo, com intuito apenas de arrecadar “votos cristãos”. Como lobos em pele de ovelhas invertem, radicalmente, posições até então defendidas, como por exemplo: a legalização do aborto. E não tocam em questões partidárias e pessoais, totalmente contrárias aos valores da família cristã e aos bons costumes da sociedade brasileira, por exemplo, a lei que privilegia a homossexualidade. No dito popular: “acedem uma vela para Deus e outra para o diabo”.
    Diante de tudo o que foi visto, talvez seja  inevitável a pergunta: em quem votar? Como escrito em outro artigo, estamos diante da "Escolha de Sofia". Contudo, acredito que deveremos primeiro pedir a Deus sabedoria para agir conforme a Sua vontade, depois nos paltar nas seguintes perspectivas: 1- Qual o candidato que comprovadamente apresenta, pela sua história política, maior capacidade para governar o país; 2- Qual se compromete publicamente e explicitamente em favor do crescimento ordenado e sutentável do pais e pela defesa da  ética, moral e dos bons costumes da família e da sociedade; 3- As propostas do seu partido condizem com o que é defendido pelo candidato?
    Continuemos irmãos mostrando a essa geração que a Igreja do Senhor Jesus continua firme, também nesta época, como um farol que posiciona o navegador em meio à tempestade.
    Que toda Glória seja dada ao nosso Deus!

    Shalom.